quarta-feira, 13 de julho de 2011

Texto que discute sobre como utlizar as redes sociais e as novas tecnologias na educação

As redes sociais da Internet estão cada vez mais presentes no dia-a-dia de alunos, professores e das pessoas em geral. No entanto, essas ferramentas ainda são muito pouco exploradas em sala de aula. Muitas vezes o acesso a esse tipo de recurso é vetado nas escolas, em função do “medo” de que o aluno se interesse por assuntos que não estejam diretamente ligados ao conteúdo pedagógico.

Para Vanessa Bohn, mestranda da Faculdade de Letras da UFMG e professora de inglês do Colégio Militar de Belo Horizonte, sobre o uso de recursos da web 2.0 nas aulas de língua inglesa, essa preocupação das escolas não procede. “Atualmente é quase impossível não associarmos tecnologia à Educação. Nossos filhos pertencem à geração Web ou WWW, já nasceram contextualizados com a Internet, download, celular, aparelhos de MP3, vídeo-games, entre outros recursos tecnológicos. Dessa forma fica mais fácil para os professores utilizarem essas novas tecnologias na Educação”.

Vanessa acrescenta que um dos maiores obstáculos para a utilização de novas tecnologias na Educação está justamente na resistência dos professores. “Sabemos que tem professor que não se adapta quando o assunto é tecnologia. Mas isso, a meu ver, tem mudado graças aos fóruns de discussão, blogs e congressos sobre o uso das Tecnologias da Informação”.

A historiadora e Doutora em Educação Lilian Starobinas, também defende uma maior proximidade dos professores com as novas tecnologias disponíveis. “A melhor forma do professor se preparar é começar a lidar com essa variedade de recursos. Se ele tornar-se usuário da Internet em sua vida pessoal e profissional, participar de fóruns com outros colegas, pesquisar blogs que relatem experiências e teçam reflexões, em breve se sentirá em condições de ter suas próprias iniciativas”.

Já o professor de Física e blogueiro Sérgio Lima acredita que essas novas tecnologias devem funcionar como “catalisadores da reinvenção da escola”. “Elas não são a tábua de salvação da Educação, mas também não devem ser evitadas a todo custo pelos educadores”, ressalta.

Segundo ele, numa sociedade em que tudo muda muito rápido, todos os profissionais, e não seria diferente para os professores, devem ficar atentos à sua própria formação para sondar as novas tecnologias, filtrar as ferramentas que não acrescentam mudanças positivas nas práticas educativas e se apropriar daquelas que podem catalisar uma nova escola, adequada à Era da Informação e do Conhecimento.

Sobre a utilização das redes sociais pelos professores, Vanessa Bohn destaca que elas podem favorecer o ensino e ampliar o que é aprendido em sala de aula. Dentro das redes sociais a palavra chave é colaboração. Dessa forma, professores e alunos assumem o papel de colaboradores para a troca de conhecimento.
na própria escola, caso exista um laboratório de informática, nas lan houses ou na casa dos alunos. Se eu fosse trabalhar redes sociais com meus alunos e tivesse de escolher entre o Orkut e a rede Ning, eu escolho o Ning pelo fato dela ter mais características de um ambiente virtual de aprendizagem com mais recursos de interação”, explica a professora de inglês.

Já para a jornalista, professora e Doutora em Comunicação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Raquel Recuero, não existe uma fórmula pronta para se trabalhar o conceito de redes sociais em sala de aula.

“Acho que não há fórmula pronta. A rede é um espaço social e, como todo o espaço social, é também um espaço de Educação e aprendizado. Acho que cabe aos professores explorarem essas potencialidades com criatividade, procurando entender como seus alunos utilizam essas ferramentas e, a partir desse uso, inserir-se no processo e propor atividades que também estejam inseridas. A rede é um meio, nunca um fim”, analisa Raquel.
 
Texto retirado do site: http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/temas-especiais-26a.asp

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